Quer ir pra Europa em fevereiro e está em dúvida de que país ir? Se você gosta ou quer aprender a esquiar, a França pode ser uma boa pedida tanto para adultos quanto para as crianças! As férias de inverno são muito esperadas pelos amantes do esqui e o destino é um só: as montanhas. As regiões dos Alpes do Sul e dos Pirineus são as mais procuradas e é lá que se concentram as melhores pistas, principalmente por causa da alta altitude, que pode passar dos 2.800 metros.
Para quem não ousa ou não curte esquiar, não há motivos para se privar de uma boa caminhada na neve com um par de raquettes, que são pequenas pranchas que se adaptam às botas e permitem longas caminhadas sem tombos! A região de Vosges também oferece belas paisagens, mas nem sempre a neve dá o ar da graça, porque dificilmente alcança 1.100 metros de altitude.
Luge: esporte para atletas olímpicos… e bebês!
Nosso foco neste texto são as crianças e elas podem começar a aproveitar as sensações da neve desde muito pequenas. A primeira opção para iniciá-las é a luge, uma espécie de banheira de bebê para escorregar na neve. Eles adoram! O ideal é começar as descidas de uma colina não muito alta, e acompanhar o seu filho, senão ele pode se assustar e não querer tentar nunca mais.
Não tenha medo do ridículo! Esse esporte não é reservado somente para as crianças. A prática da luge existe até como modalidade de competição nas olimpíadas de inverno. Claro que em competições “o buraco é mais embaixo”. Os atletas se posicionam deitados de costas e descem em altíssima velocidade e sem nenhuma proteção!
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Quando o seu filho se sentir mais seguro, pode começar a fazer aulas de esqui. Nas regiões montanhosas, onde as famílias facilmente têm acesso ao esporte, a partir de 2 ou 3 anos os pequenos já estão nas pistas! No começo não é aconselhável mais de uma hora de prática consecutiva. Aos poucos, é possível ir aumentando o tempo, de acordo com o ritmo de cada um. A partir de 4 anos, já é possível manter os pequenos 2 horas na neve. É recomendável, no entanto, que esse período compreenda um lanche, uma pausa para beber água ou observar a paisagem, afinal a capacidade de concentração das crianças nessa idade não é muito grande.
Quanto custa passar o “carnaval” na neve?
Férias nas montanhas podem pesar bastante no bolso. Se você escolher se hospedar na estação de esqui, pertinho das pistas, não tem jeito: só abrindo a carteira.
Para as férias de fevereiro, alugar um apartamento durante uma semana (para dois adultos e duas crianças) em um complexo 4 estrelas na famosa estação de Avoriaz, nos Alpes, com sauna e fitness center, custa em torno de 2.500 euros só a hospedagem.
Se você não dispõe de material, precisará alugá-lo. Também precisará pagar o remontées mécaniques – teleférico para subir até a pista de esqui. O pacote do teleférico para adulto, durante 7 dias, custa em torno de 300 euros. Já o aluguel do equipamento fica em 150 euros por pessoa. Isso sem falar na alimentação e nas aulas, que têm que entrar na conta final.
Alguns resorts, como o Pierre et Vacances , dispõem de um clube destinado ao público infantil dos 3 aos 16 anos. Chamado de village des enfants, ele oferece aulas de esqui e atividades variadas.
Excursões escolares ensinam até a construir iglu

Arquivo pessoal: Classe de neige (aula na neve)
A partir do collège (equivalente ao 6o ano), muitas escolas organizam as famosas classes de neige. Os alunos viajam com os professores para as montanhas. Eles aprendem o básico do esqui e praticam outras atividades que não fazem regularmente (ou que nunca tiveram a oportunidade de conhecer), como passeio de trenó com cachorro, construção de iglu e iniciação ao biathlon – modalidade que alterna esqui cross country com tiros de carabina. O cross country exige um esforço físico maior em relação ao clássico esqui alpino, mas é menos perigoso.
Essas excursões são muito enriquecedoras e podem valer mais do que muitas semanas de aula convencionais: descoberta de outras regiões, conhecimento das peculiaridades das cidades montanhosas, estudo do relevo, aprendizado da convivência em grupo e divisão de tarefas, desenvolvimento da autonomia, dentre outras experiências.