Antes de contar para vocês como foi a minha experiência com a cesariana na Inglaterra e sobre quem responde pela maioria dos partos normais no Reino Unido, vou dar uma voltinha rápida no tempo.
Um médico faz uma ligação de urgência para o meu telefone celular. Já passava do meio-dia daquela segunda-feira. Sentada e ansiosa no gabinete do juiz, eu aguardava há algumas horas por sua decisão. O plano de saúde havia negado, por questões de carência, a cobertura da cirurgia. Do outro lado da linha, consigo sentir a ansiedade na voz do médico. Em tom imperativo, ele afirma que não terá tempo hábil para aguardar a decisão judicial. Tendo em vista que já teria outros procedimentos cirúrgicos para aquela tarde, lamenta que o plano de saúde, do qual é credenciado, não tenha autorizado a cesariana da minha cliente. Com isso, o doutor me comunica que seu colega, o médico de plantão daquele dia no hospital, fará o parto cesárea daquela que foi a sua paciente ao longo dos últimos nove meses. E assim minha cliente se viu obrigada a desembolsar uma quantia inesperada para os honorários do seu médico. Um péssimo momento para surpresas.
Esse episódio foi apenas um de muitos. Casos semelhantes eram constantes na minha rotina profissional de advogada. Incontáveis vezes me vi correndo pelos corredores dos melhores hospitais particulares do Rio de Janeiro, ao lado de oficiais de Justiça, com o alvará nas mãos. Nossa, como vi bebês nascerem!
E, tendo em perspectiva a complexa realidade dos partos no Brasil, onde, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 75% dos bebês nascem por cesariana, resolvi contar para vocês como são feitos os partos na Ilha da Rainha, quem responde pela maioria destes procedimentos e como é vista a cesárea por aqui. Tudo a partir da minha experiência pessoal.
Grávida na Inglaterra, e agora?
Em janeiro de 2013, descobri que esperava o meu primeiro filho. Eu já passava dos quarenta anos. Confesso que me apavorei. Sempre ouvi dos médicos brasileiros, depois de muitas tentativas frustradas, que não seria possível engravidar por conta dos meus inúmeros miomas. Nunca me submeti a um tratamento para engravidar. Receber o resultado positivo foi um misto de felicidade e desespero, sentimentos que me fizeram ir correndo para o Brasil para consultar os especialistas.
À época, eu me encontrava numa situação bem delicada no Reino Unido. Havia acabado de me casar com um cidadão europeu e ainda não tinha o visto de residência britânica. Cheguei a consultar uma ginecologista do consulado americano em Londres, indicada por uma amiga. Em um único dia ela confirmou a notícia da gravidez, fez um “scan” e um exame de sangue e me cobrou por aquela consulta a bagatela de R$12 mil! Sim, essa quantia irrisória que quase quebrou o orçamento da nova família.
Recordo-me bem que, já no Brasil, após ter ouvido especialistas, de abraçar minha prima que é ginecologista obstetra e comentar que adoraria que ela fizesse meu parto, ela respondeu sorrindo: mas na Inglaterra não são os médicos que fazem os partos, mas as Midwives!
Quem são as midwives?
Midwife, que em inglês arcaico significa ‘com’ (mid) a ‘esposa’ (wife), é a profissional que fica ao lado da gestante e é a responsável pela maioria dos partos normais no Reino Unido. E aqui o parto é normal mesmo, muitas vezes sem direito à anestesia local.
As midwifes são enfermeiras especializadas em obstetrícia, mas nunca as chame de nurse (enfermeira, em inglês)! É uma profissão extremamente respeitada por aqui. Para ser uma midwife no Reino Unido é preciso fazer um curso universitário, com duração de dois a três anos. Quem já for enfermeira, pode se especializar com uma pós-graduação. Há um plano de carreira, de acordo com os níveis de graduação: midwife (bacharel), midwife sênior (quando há pós-graduação) e demais cargos, podendo chegar ao doutorado. Os salários anuais variam entre £26 mil e £34 mil por ano.

Foto: Arquivo pessoal.
Custeadas pelo NHS – Trust National Health Service, o sistema de saúde britânico, elas acompanham a gravidez, o parto e o pós-parto (até os 28 dias que sucedem o nascimento). Elas fazem quase todos os exames do pré-natal, além de darem orientações sobre amamentação e planejamento familiar e ministrarem cursos preparatórios para as gestantes.
Parto cesárea x parto normal – “Too posh to push”
As inglesas, para minha decepção, torcem o nariz quando o assunto é cesariana. Elas costumam dizer, com o célebre humor britânico: “Too posh to push”, que, numa livre tradução significa “muito patricinha (sofisticada, perua) para fazer força”.
Quem diria, logo aqui, no berço das “suffragettes”, uma mulher em pleno século 21 não ter o direito de escolha sobre seu próprio corpo! E ainda ser julgada por outras mulheres por sua escolha de como trazer o seu próprio filho ao mundo, em total contrassenso com a livre prática do aborto que em terras britânicas é legalizado. Como entender?
O fato é que a cesariana, considerada cirurgia de grande porte, é vista por muitos ingleses e muitas inglesas como uma grande vilã. Apesar da Guideline de 2015 (espécie de Lei de Diretrizes e Bases) indicar o contrário, na prática os hospitais em Londres ainda se recusam a marcar dia e hora do parto ao livre desejo da gestante. A cesariana, ignorando orientação legal, continua sendo realizada apenas nas hipóteses onde o parto normal é inviável.
Chama a midwife!
Confesso que não queria parto normal de jeito nenhum, apesar de nascida em uma família onde as gerações passadas tiveram seus filhos por parto normal, inclusive a minha mãe.
Por conta disso, tentei, em vão, todas as minhas técnicas de argumentação aqui na ilha:
– Dr., já que sou uma “old mother” (como costumavam me chamar por aqui), por que não me submeto a uma cirurgia?
– Dr., eu sou hipertensa desde os 25 anos. Não seria um perigo me submeter ao parto normal?
– Dr., e os miomas?
– Dr., trouxe um laudo do meu ginecologista do Brasil…
Até que um dia, irritado com as minhas tentativas, um dos três médicos que me assistia – já que eu era considerada paciente de alto risco graças à hipertensão -, exclamou:
– Chega! Foque nos seus cursos de parto, nas primeiras contrações e, na hora H, CHAMA A MIDWIFE!
E, assim, em uma rara manhã ensolarada, no “Chelsea and Westminster Hospital” em Londres, por volta do meio-dia, fui apresentada ao médico que fez a minha cesariana, rodeada por três midwives e um anestesista. Naquele momento, veio um filme à minha mente: algumas das minhas clientes aflitas por terem seus bebês com médicos desconhecidos, e alguns médicos que se recusaram a esperar pela decisão judicial, tomados por uma confiança na capacidade de seus colegas, independentemente de conhecerem a paciente. Era o meu caso ali naquele instante sublime.
Para não dizer que não troquei uma palavra com o médico que trouxe meu filho ao mundo, lembro de nos apresentarmos. Ele brincou que iria caprichar para que eu pudesse continuar usando os meus biquínis brasileiros. E foi só.
Fechei os olhos, fiz uma oração e me entreguei completamente, cercada por uma midwife russa, uma grega e outra jamaicana, nessa Torre de Babel chamada Londres. Nascia ali mais um brasileirinho pelo mundo.
No próximo post, mais um capítulo dessa história, onde contarei sobre as complicações no pós-parto e como elas são tratadas na Inglaterra.
28 Comentários
Monica, adorei sua historia! Parabens pelo texto! Estou curiosa para ler o proximo capitulo!
Oi, Andrea, muito obrigada pela sua participacao. Estou escrevendo sobre Sistema Educacional aqui in UK e cito o seu texto sobre o Voluntariado. Sigamos na nossa aventura aqui na ilha. Rss. Bjbj
Baby M. com a mesma carinha! <3
Rhani querida, acho que voce foi umas das poucas pessoas que descobriu que era baby M. Bjbjb
Adorei, leitura leve e divertida mas com um teor super didático e elucidativo!!!! Parabéns Mais uma vez Mônica!!
Querida Angela. Que bom que gostou. Dediquei, de certa forma, aos medicos queridos que conheci ao longo da minha vida e voce, sem duvida, esta no topo do lista. Te aguardo aqui nos proximos meses.
Monica, que momento emocionante o seu. Adorei seu depoimento. Até o próximo .
Oi, Renata! Que bom ver voce por aqui!! No mes que vem contarei um pouco sobre quem sao os personagens infantis famosos aqui na ilha. Aproveito para te convidar para dar uma olhada nas colunas dos Estados Unidos, pois sei dos seus projetos de um dia ir morar la. Os textos das brasileiras que moram fora, dao dicas e relatos fundamentais para quem pensa em sair da Terrinha. Bjs e ate mes que vem!!
Monica passei tive ambos os partos! Sei que para nós brasileiras o normal é a cesaria mas achei horrível me recuperar daquela operação sem contar q a experiência de ir visitar meu bebê numa cadeira de todas depois de muitas horas foi super depre pra mim (ela passou um dia no intensivo)… já o parto normal ai dói, não tem como negar 😂😂😂 dizem q esquecemos a dor e que é por isso q ficamos grávidas novamente, o meu parto normal foi um pouquinho longo mas foi muito melhor: fiquei juntinha desde o primeiro momento e as midwives foram anjos! E eu entrei e saí daquele hospital super rápido! Esperando o seu segundo capítulo!
Oi, Ana! Super obrigada! O que eu nao contei no texto e que ja chegando no final da gravidez, estava preparada psicologicamente para ter um parto normal. E, fui pega de surpresa as vesperas com a noticia da Cesaria. Se fosse ter um segundo filho, certamente, seria de parto normal ao lado das queridas Midwives. Obrigada por sua participacao. Ate mes que vem!!
Monica adorei seu relato. Você escreve muito bem e me senti aí. Não foi em Londres mas Em Salvador Que VIVI há 35 anos uma situação totalmente inversa Eu louca por í parto normal no feriado de são João , data que a baianas Ana festejar ! Fiquei desde 7h da manhã na indução de parto de um bebê que nasceu as 21.40h de cesariana com um médico que conheço na hora pois o médico que acompanhou no pré Natal estava “de ressaca e ficou assistindo pelo visor do Centro Cirúrgico !! Enfim…..cada filho uma história…como só temos um lembramos eternamente de todos os detalhes ! Beijos para Markus e você!@!
Oi, Eneida!! Que bom ver voce acompanhando a nossa pagina! E como bem disse, cada mae e sua historia. Um momento magico em nossas vidas. Te aguardo no mes que vem qdo falarei de um assunto que voce vai adorar, falarei sobre quem sao os personagens infantis famosos na Inglaterra. Ate mes que vem!!
Adorei saber sobre sua experiência ao dar à luz sei pequeno . No Brasil , como você sabe , a “briga “ é pelo parto normal ..Com o meu primogênito Joana Paulo a bolsa estourou 2 semanas antes do previsto é meu médico não estava no Rj , optei pela cesariana por desinformação e medo . Já com o segundo , munida de toda informação que podia obter, tentei muito o parto normal , encontrei o médico que faria de acordo com a minha escolha , algumas horas de trabalho de parto e me deparei com a impaciência dele , que queria “ conseguir logo “ – palavras dele – vaga no centro cirúrgico, e disse se tratar de “pouca passagem “ o que eu soube mais tarde ,não ter sido o caso , ele apenas não queria passar a madrugada comigo , ser ressarcido a menor pelo Plano , e não ter condições de clinicar no dia seguinte . Concordei com a cesária , no meio de um turbilhão de emoção e dores . Mas vida que segue , quem sabe não consigo na terceira tentativa , se ela vier hahaha . Beijos saudosos com desejo de muito sucesso . Parabéns pelo projeto e textos !
Muito obrigada, Flavia!!!
Exatamente esse ponto que quis expressar com o meu relato. A diferenca cultural existente entre os dois paises. Se voce tivesse tido seu segundo filho aqui, certamente, seria de parto normal. Mas nao seria o medico da sua escolha, provavelmente com as Midwives, esses anjos que ficam 24 horas de plantao. Uma coisa interessante que deixei de mencionar, voce pode escolher as Midwives de acordo com a nacionalidade e religiao delas para que haja mais afinidade no relacionamento. Outra curiosidade sao os cursos especificos para quem tem o segundo filho e teve o primeiro, assim como no seu caso, por cesariana. Detalhe, tudo custeado pelo Sistema Publico de Saude, o NHS. Aguardo sua visita nos proximos meses. Bjss
Acho muito relevante você divulgar a experiência do seu parto em outro país. Acompanhei a sua tensão na época, porque os médicos, apesar do seu histórico clínico, resistirem ao procedimento da cesariana. Achava isso insensato da parte deles. Que bom que deu certo. Por outro lado, tenho uma ideia um pouco diferente quanto ao número de cesarianas no Brasil. Acho um exagero. Os médicos já têm essa predisposição, talvez porque sejam partos mais caros e programados, o que facilita suas agendas… enfim, a discussão é longa e o tema polêmico.
Marta, muito obrigada pela participacao. Quis, justamente,divulgar neste texto, ja que o site e voltado parao publico brasileiro, como a visao diante da Cesariana e justamente oposta a visao brasileira, onde a Cesariana e banalizada. Pode observar que cheguei a mencionar os dados fornecidos pela Organizacao Mundial de saude. Ha epoca em que meu filho nasceu a Cesariana ainda era proibida na Inglaterra, mas, atualmente, com uma guideline de 2015, segundo a pesquisa que fiz para elaborar o texto, os hospitais ainda se recusam a fazer a livre escolha da paciente. Aguardo sua participacao nos proximos textos, bem-vinda ao site!!
Seu corajoso relato sobre sua história de vida nos mostra um sistema que tenho certeza poucos sabem na ilha da Rainha. Cada povo com sua particularidade é que faz este planeta fascinante. Com narrativa precisa, fui convidado contigo a viver este sublime momento que é a maternidade. Tenho certeza que muitas futuras mothers brasileiras em Londres não estarão mais perdidas quanto ao parto. Aguardo a continuação. Adorei.
Carlos Fracho, que alegria ver voce por aqui. Escritor e critico de varias colunas, receber seu elogio me fez ganha o dia!! Seja bem-vindo a plataforma.
Oi Monica, entendo seus pontos mas discordo dessa visão negativa. Na verdade eu acredito que no Brasil é que as mulheres não têm escolha sobre seu próprio corpo porque, mesmo se quiserem fazer um parto normal, serão convencidas de que não podem, com desculpas muitas vezes absurdas dadas pelos médicos. Não é à toa que o Brasil tem uma das piores taxas de cesárea do mundo, o que não é nada saudável (a OMS recomenda 10 a 15% de cesáreas apenas) e existe uma cultura de medo ao redor do parto normal. Outro ponto é que o sistema de saúde na Inglaterra é generalista e tenta atender o
Maior número de pessoas possível de acordo com a gravidade da situação, uma pessoa que está com uma gripe que é apenas cíclica não será atendida, assim como uma pessoa que quer fazer cesárea sem necessidade não será atendida (dado que a cesárea é uma cirurgia de grande porte, muito mais cara, arriscada e complicada para o sistema de saúde).
A anestesia (epidural) é oferecida sim e é escolha da mãe, assim como outros tipos de métodos para aliviar a dor. Assim como os scans que são oferecidos gratuitamente para verificar a viabilidade da gravidez com 12 semanas e saúde geral do bebê com 20 (antes disso, o exame de farmácia é suficiente para comprovar uma gravidez e depois disso os scans são necessários apenas em alguns casos).
Acredito que precisamos aprender com o modelo da Inglaterra (que é muito mais avançado do que o nosso) ao invés de achar que tudo aqui está errado pq ficamos comparando com o Brasil. Eu aprendi muito nesse sentido com a minha gravidez na Inglaterra e sinceramente espero que o sistema brasileiro um dia seja semelhante ao daqui. Porém para isso precisamos de uma mudança radical de mentalidade, e acho que textos como este vão contra esse sentido (me desculpe pela sinceridade). De qualquer forma, minha intenção é apenas manter um diálogo aberto e construtivo.
Abraços,
Marilia
Oi, Marilia! Obrigada pelo comentario. Apenas para esclarecer que em momento algum eu disse que as mulheres no Brasil tem escolhas, ao contrario, inicio o texto com uma critica sutil ao sistema de saude brasileiro, inclusive, trazendo dados formecidos pela O.M.S. alarmantes sobre o numero de cesarias feitas no Brasil, criticas ao Judiciario e a postura dos medicos brasileiros. O meu objetivo foi, ao contrario da visao negativa que voce interpretou, homenagear as Midwives pelo seu lindo trabalho na maioria dos paises de lingua inglesa.Contando o meu relato quis justamente informar a cultura em relacao ao parto normal. A minha unica critica forte e contra as mulheres inglesas que se dizem as mais feministas do mundo, por terem nascido no berco das Sufragettes, por terem nascido em um dos primeiros paises no mundo onde as mulheres adquiriram o poder do voto e em contrassenso criticam muito umas as outras, julgam as outras. Infelizmente, voce nao conseguiu interpretar o meu texto ou fui infeliz de nao saber transmitir. Seria muita insanidade minha aludir ser o NHS inferior ao SUS. Concordo em genero, numero em grau com tudo o que disse, mas por ter crescido dentro daquela cultura, fui franca ao abordar meus medos, meus temores, o que nao deu tempo de esclarecer no texto e que atualmente sou uma defensora do parto normal e, sem sombra de duvidas, teria meu segundo filho sob esse prisma. Houve um mal entendido. Abracos!!!
Aqui no Brasil, o que sinto é que os médicos muitas vezes optam pela cesárea por uma questão financeira mesmo. A verdade é que o trabalho de parto pode durar horas a fio, no meu caso, fiquei 12h em trabalho de parto do 1° filho e 12:30h , do segundo. Tempo este que um médico e sua equipe (anestesista, pediatra, enfermeiro) podem fazer duas, três cesáreas. Entendo ainda, sob a ótica feminina que existe a questão do medo, da dor, e de um certo tabu feminino em relação ao parto normal tb. Muitas mulheres creem que o parto normal vai afetar negativamente à sua vida sexual, com a passagem da criança. Outro ponto a ser considerado é que as vantagens do parto natural não são enaltecidas. O pronto reestabelecimento da mãe é um fato a ser considerado, que após a expulsão da criança, está apta a me movimentar , amamentar sem as dores e os gases provocados por uma cesárea. Há que se ter em mente que em caso de bebês prematuros, os esforços empregados pela criança para nascer, amadurecem seus pulmões, minimizando assim, problemas de ordem respiratória, etc. Penso neste sentido como os ingleses, que a cesárea deva ser vista como uma alternativa(caso de risco) e não como prioritária, como é tratada aqui.
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Olá. Muito obrigada por dividir sua experiência. Já saiu o post sobre complicações no pós parto? Não vonsegui encontrar. Beijos.
Olá Claudia,
Infelizmente a Monica não está mais colaborando com o BPM Kids, por isso não tem como responder sua mensagem. Na categoria Inglaterra, temos outros textos sobre o sistema de saúde do país. Se quiser dar uma olhada, seja bem-vinda! Obrigada. Equipe do BPM Kids.
Olá Cláudia, acho que essa visão da cesariana é justamente oposta à liberalização da mulher. O parto é um ato natural do corpo, a principal via da continuação da espécie e por isso é um ato de poder uma mulher parir sem necessitar de uma operação – é assumir a sua independência e capacidade da função mais elementar do humano. No Brasil a relação com as cesarianas é estranha (sou brasileira por parte de pai mas vivo e nasci em Portugal), como se a mulher fosse demasiado incapaz de cumprir algo que todas as mulheres cumpriram para chegar até aqui. Atenção e cuidados, sempre, mas uma operação desnecessária que agravará as complicações pós-parto é de todo remetível para situações de extrema necessidade. Creio que o sistema de saúde brasileiro estigmatizou o parto para que os médicos lucrassem um pouco mais, o que é triste. Obrigado pela partilha
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