Hoje quero compartilhar contigo uma história e bater um papo gostoso de mulher para mulher. Quero te contar sobre o poder da Mandala Lunar e ao final dessa prosa espero que a história seja inspiradora o suficiente para te ajudar a entender uma forma simples e transformadora de cultivar mais presença, se sentir mais produtiva e pedir pelo que você precisa.
Sim, essa é a potência que uma Mandala Lunar pode ter em sua vida.
Não sabe o que é uma Mandala Lunar? Fique tranquila. Está tudo certo. Não faz tanto tempo assim que me rendi às profundezas desse saber. Então, eis aqui o seu chamado.
Novo-Velho Mundo
Em 2020, entrei no mundo da Feminilidade de cabeça. Meu dicionário interno de repente viu surgir palavras que pareciam estar adormecidas dentro de mim: Ciclidade, Sororidade, Sagrado Feminino, Mandala Lunar, Lua Vermelha, Lua Branca, Arquétipos Lunares… As palavras iam emergindo e por si só não eram novidade, mas seu profundo significado e as conexões que propunham, sim. (Se para você soa novidade, deixo aqui um texto referência inspirador).
Ouvi o chamado e decidi mergulhar nesse saber ancestral. E assim como tudo que emanamos é a energia que também atraímos, comecei a atrair pessoas, conversas, livros e cursos ligados a esses saberes. Mas o mais transformador de tudo isso foi que, pensando estar conhecendo apenas mais uma teoria, a cada leitura e conversa eu estava na verdade conhecendo mais a mim mesma.
Leia também: Reconexão pós-maternidade: se reconhecendo mulher novamente
Em 2020 me doei profundamente para minha família. Vida de mãe expatriada sem rede de apoio, você já sabe bem como é. Mas após um longo ano de dedicação e entrega, somados aos outros 14 meses que eu já havia ‘servido’ na licença maternidade, conscientemente eu sabia que o estresse estava batendo à porta, que o jarro estava prestes a transbordar. Mas eu também sabia me cuidar;
Tendo a família como meu valor pessoal mais importante, negociei comigo mesma tudo que eu abriria mão para estar presente como eu gostaria (e poderia) para eles e para mim. E a vida tem suas formas de nos ajudar. Ainda que inicialmente não pareça ser essa a proposta.
Mergulho no Autoconhecimento
Tive a oportunidade de estar no Brasil por um mês. A atenção do filho poderia então ser dividida; ainda que um pouco. Eu conseguiria ao menos sair do estado de constante alerta, o que já me economizaria muita energia mental e física.
E tomei a decisão: simplesmente parei! Dei uma pausa em tudo. No trabalho, na presença digital, nas interações até mesmo com amigos. Me desconectei de tudo para me reconectar comigo mesma.
Ao longo de um mês permaneci em silêncio dentro de mim. Foquei apenas nas atividades diárias; estive presente com minha família e reconectei com minhas origens. Olhei para mim e me acolhi. Estava cansada, mas muito orgulhosa de mim mesma. Me aceitar como eu estava naquele momento trouxe leveza, mesmo em meio ao caos emocional. Chorei, meditei, orei, mentalizei e me reconectei com as forças do Universo.
Parei para me ouvir. Joguei para o Universo minhas intenções. E ele também me ouviu.
Por meio de uma querida amiga o livro Lua Vermelha, de Miranda Gray, cruzou meu caminho. Eu já conhecia o trabalho da Miranda. Ela é referência nesse tema de Ciclicidade, Criatividade e Empoderamento do Sagrado Feminino. Mas ainda não tinha lido esse livro. E ele me abriu portas que jamais se fecharão.
No livro a autora descreve a importância de movimentar nossa energia feminina para nos conectarmos com a nossa criatividade. E uma das propostas mais sugeridas é usar a Mandala Lunar para acompanhar e nos conectar com o nosso ciclo menstrual, corpo, mente e espiritualidade.
Eis que a tal Mandala Lunar encontrava seu caminho de volta à minha vida. Mas dessa vez decidi escutar o meu chamado. No texto Ciclicidade e Autoconhecimento: uma conexão com o feminino compartilho o início dessa experiência. Depois confere lá!
Entre ciclos e cores
Peguei minha Mandala Lunar, canetas e meus lápis de cor. Ritualizei aquele momento. Mentalizei. Eu podia ouvir minhas ancestrais se conectando comigo.
Em meio a símbolos e cores na Mandala Lunar me vejo representada na minha mais sincera forma. Meu humor, minha presença e energia física, a fase do meu ciclo, meu muco, meu estado mental, minha inteligência emocional, minha energia sexual e claro, minha criatividade.
Ali encontro meu mais puro SER desenhado em um papel. Dia após dia me vejo refletida em pura simbologia. E escrevo, por meio de curtas e breves descrições, os acontecimentos, preenchendo nas entrelinhas o que os desenhos não conseguem descrever.
Diariamente tenho um encontro marcado com minha Feminilidade. Diariamente checo comigo mesma como estou: Onde dói? Onde precisa de mais atenção? Como me portei diante de tal situação? Consegui sorrir mais? Tive consciência e controle emocional? Foi mais fácil ou mais difícil desenvolver determinada tarefa?
E não demorou muito para eu entender o verdadeiro presente que eu tinha nas mãos: a Mandala Lunar me (re)conectou com um completo estado de presença além de ser a melhor ferramenta de planejamento que eu jamais tive.
Produtividade, Presença e uma Missão
A partir dos meses que seguem, consigo agora saber como meu corpo responderá a cada fase do meu ciclo. Eu sei os dias em que terei mais disposição, e aqueles em que vou precisar de mais suporte e apoio. Eu agora posso organizar minha agenda mensal a partir do MEU nível de presença, energia física, energia mental e criatividade. Mais que isso, (e você que é mãe entenderá perfeitamente o valor do que eu tenho para te dizer): eu agora sei os momentos em que eu mais preciso receber ajuda. Com o diferencial de que dessa vez sei pelo o quê pedir, com antecedência e dando a oportunidade do entorno me acolher, me respeitar, e me ajudar!
A Mandala Lunar é muito mais que um espelho do seu ciclo menstrual e percepções físicas e emocionais. É a chave para o SEU autoconhecimento. É a ferramenta mais customizada e de maior empoderamento que você MULHER poderá ter.
“A criação da Mandala Lunar, ao longo de vários meses, com base na experiência pessoal da mulher, não apenas enfatiza a natureza cíclica da sua personalidade, mas também lhe permite compreender o conceito intelectualmente e sentir por ela mesma a verdade e a força dos ritmos da sua vida. Considerando que a expressão natural da sua natureza cíclica foi reprimida pela sociedade, é necessário que cada mulher reaprenda a se expressar com base em seu próprio ciclo.” Miranda Gray
Esse conhecimento foi tão revelador para mim que hoje sinto que tenho como missão impulsionar as mulheres a se reconectar com sua energia criativa, sua feminilidade, seu ciclo e sua coragem de ser. Uso a Mandala Lunar como ferramenta do meu trabalho. E é lindo ver a transformação que ela proporciona. E mais ainda, o quanto ela nos auxilia a redefinir nosso senso de Presença e Produtividade. Pois de nada adianta terminar o dia concluindo 35 das 40 tarefas que tinha na sua lista, se elas não estão alinhadas com seu propósito de vida, não é mesmo?
Bom, mas isso é conversa para um outro dia.