Gravidez saudável: o que você pode fazer pra ter uma.
Neste texto, pretendo dividir um pouco sobre como foi a minha gravidez e quais as escolhas que eu fiz para tentar manter uma boa qualidade de vida e ter uma gestação saudável.
Quando descobri que estava grávida, um dos primeiros pensamentos que me passaram pela cabeça foi como me adaptaria à mudança que meu corpo estava preste a sofrer. Pra algumas pessoas, este pensamento pode soar um tanto quanto “egoísta”, mas a verdade é que, nos primeiros dias, de fato não deu para evitá-lo. Eu me olhava no espelho e pensava:
“gente, tem um ser humano sendo formado aqui dentro, que loucura!”
Uma sensação completamente nova e diferente. Desde o começo do nosso relacionamento, meu noivo e eu já conversávamos sobre filhos e sobre como queríamos construir uma família grande, mas o nosso primeiro bebê veio como uma surpresa. Uma surpresa tão maravilhosa que, olhando pra trás, eu tenho absoluta certeza de que não mudaríamos nada. Acredito, na verdade, que o planejamento tiraria muito da magia e das descobertas que vivemos durante a minha gravidez.
No início tive muitas dúvidas: será que vou conseguir continuar trabalhando? Como vou me lidar com aos tais enjoos matinais? Será que o nosso bebê será saudável? Será que vou ter estrias? Dor nas costas? Inchaço? Quantos kilos eu vou engordar? Eram tantas incertezas… incertezas estas que hoje viraram experiência, conhecimento e, sobretudo, amadurecimento.
A primeira coisa que aprendi: gravidez, de fato, não é doença e você pode levar uma vida extremamente normal. Óbvio que cada caso é um caso e não é todo mundo que tem a sorte que eu tive de ter uma gravidez tranquila e saudável e, por isso, agradeço a Deus todos os dias.
Exercícios físicos durante a gravidez
Antes de descobrir que estava grávida, eu já tinha a rotina de fazer exercícios físicos diariamente e estava fazendo Crossfit, um esporte que aprendi a amar. Porém, ao ficar grávida, uma das primeiras mudanças na minha rotina foi procurar uma academia especializada em aulas para futuras mamães (aqui nos EUA chama-se prenatal classes). Pessoalmente, eu não acredito no “mito” de que o Crossfit não é um esporte saudável para futuras mamães, porém esta é apenas a minha opinião. Não tenho formação médica para dar suporte a este ponto de vista, mas baseado na minha experiência com o esporte, todos os exercícios podem ser adaptados ao seu nível atlético e às suas condições físicas e, de forma responsável, pode ser uma excelente alternativa para se exercitar. Inclusive, lembro de fazer aulas com mulheres que estavam grávidas.
Então por que eu não continuei? O principal motivo é porque eu queria, além de continuar malhando, adaptar a minha mente ao que estava por vir (meio que trocar o meu mindset, sabe?). Conviver com outras moms-to-be (futuras mães), compartilhar histórias, sentimentos e ter aulas focadas exclusivamente nas mudanças que estavam acontecendo dentro e fora do meu corpo foi uma decisão extremamente importante pra mim e, não tenho dúvidas, contribuiu, e muito, para que a minha gravidez fosse tranquila.
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Para as mamães de primeira viagem ou mesmo pra quem já é mamãe, eu super recomendo (se possível e com autorização médica) participar de aulas e yoga e cardio durante o seu pré-natal. Como moro em Chicago, uma cidade bem grande, não foi difícil encontrar várias academias especializadas em prenatal classes. Em geral, meu objetivo continuou o mesmo: o de malhar pelo menos três vezes por semana, sendo que alterava entre aulas de aeróbica, com levantamento de pesos leves e yoga, pra dar aquela alongada e relaxada que o corpo precisa.
Claro que não foi fácil. Principalmente no primeiro trimestre. A vontade de fazer qualquer coisa que não fosse dormir era quase inexistente (amém pra você que passou pelo mesmo desafio). Porém, eu fiz o que pude e me esforcei ao máximo para manter a rotina de trabalhar e malhar. Sempre que a preguiça batia eu pensava:
“Podia ser pior, você poderia estar com enjoo agora, mas ao invés disso, você está bem, então, por que não aproveitar essa oportunidade?”
Pensar que “poderia ser pior” sempre foi um jeito de me automotivar. Claro que durante a gravidez, passei pelos problemas que as maiorias das grávidas passam: senti desconforto em alguns momentos, tive problemas pra dormir (principalmente nos últimos meses) e sofri com o tal do refluxo, mas ao mesmo tempo, não tive dores nas costas, não tive enjoos, quase não tive inchaços e, no geral, me senti “energizada” e disposta durante toda a gravidez. Tenho certeza de que a decisão de continuar me exercitando foi fundamental pra que isso acontecesse!
Foco no alimentação
Outro aspecto que foquei muito durante a gravidez foi a alimentação. Sempre gostei de comer saladas e legumes, então não precisei me “forçar a comer melhor”, apenas criei uma rotina que me ajudasse a ter mais controle sobre o que eu estava ingerindo. Fazer uma preparação da alimentação semanal foi fundamental para que eu conseguisse cozinhar a maioria dos alimentos que consumi. O aplicativo babycenter foi um super companheiro e serviu tanto como fonte de informação, como fonte de ideias para testar novas receitas. Foquei também no consumo diário de sucos e vitaminas naturais, aumentando assim o consumo de alimentos ricos em fibra (o que é essencial pra evitar prisão de ventre, um sintoma chato, mas extremamente comum durante a gravidez).

Fonte: pixabay.com
Na correria do dia a dia, manter uma rotina saudável é um desafio e, pra mim, a gravidez não fez com que este desafio aumentasse, pelo contrário, foi um estímulo, afinal todas as minhas decisões influenciaram a formação do nosso baby.
É importante ressaltar que também não fui “paranóica” e nunca busquei a perfeição; me permiti comer chocolates, alimentos não tão saudáveis, a não ir na academia por alguns dias etc, e, o mais importante, não me julguei por isso. Um dos conselhos que mais me marcaram até hoje é esse:
Ser mãe é confiar nos seus instintos e aprender a não se julgar caso, lá no futuro, você perceba que a sua decisão não foi a melhor.”
Acho que essas escolhas e decisões já começam desde o momento em que você engravida, não é mesmo? Espero que este texto sirva como motivação e incentivo para que as futuras mamães que o lerem consigam ter uma gravidez tão abençoada como a minha.
PS.: a Thais Tellawi, que também mora nos EUA, escreveu aqui um texto bem legal com dicas de produtos para usar durante a gravidez. No texto ela recomenda cremes para evitar estrias, cintas para ajudar a combater dores nas costas, um travesseiro para ajudar a dormir melhor a noite, etc. Vale a pena conferir as dicas que ela dá também.
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