Mamãe no volante
Uma mulher grávida pode dirigir até no dia do parto. Apesar disso, é melhor que o evite caso não se sinta confortável, ou se dirigir a deixa com medo ou ansiosa. Serve ainda um pouco de atenção quando o trajeto for muito longo, pois é importante que a gestante possa se esticar e movimentar um pouco as pernas.
Cinto de segurança
Contudo, o importante mesmo é que, dentro de um carro, como motorista ou passageira, sempre use o cinto de segurança. Digo isso porque o medo de que a utilização do cinto possa causar danos ao feto representa o motivo mais comum para não o colocar. Por isso, é tão importante salientar que o cinto de segurança não causa problemas no início da gravidez. Ele não pode causar um aborto espontâneo.
Especialistas afirmam que nas primeiras semanas gestacionais o cinto não fica próximo ao útero e por isso não existem problemas em caso de batidas. E quando o barrigão começa a ficar muito grande, ele também não causa danos ao feto. Na verdade, é cientificamente comprovado que, em caso de acidentes, o risco de traumas ou de mortes para a grávida e/ou para o bebê é muito mais alto se a mãe não utiliza o cinto de segurança. A mortalidade materna, em caso de acidentes graves, passa de 4% ao 33% se o cinto não está preso e as consequências para o neném pioram drasticamente.
O risco que a mãe sem cinto corre é definitivamente muito maior do que aquele que o mesmo sistema de retenção poderia causar em caso de acidente.
Na realidade, o sistema de retenção só pode causar algum tipo de problema no caso de um violento impacto do veículo, ou seja, caso ocorra um grave acidente. Nesta circunstância, ele acaba fazendo uma pressão por todo o corpo que envolve, inclusive, a parte abdominal, para segurá-lo e evitar que se mova para frente e acabe batendo contra o banco da frente, o painel ou que atravesse o para-brisa. Isso pode acarretar alguns problemas, quando a gestação já está em fase avançada e a parede abdominal está muito próxima a do útero, como, por exemplo, provocar um desprendimento da placenta e um parto prematuro. Ao mesmo tempo em que isto é verdade, é fato também que em uma situação do tipo, a não utilização do cinto pode causar consequências muito piores, como um trauma sério na mãe, que concomitantemente, poderia se repercutir negativamente na criança.
Não há dúvidas de que é preciso usar o cinto de segurança durante a gestação. Usando-o da maneira justa ele não representa absolutamente nenhum risco ou um problema para a mãe ou bebê. É preciso, apenas, usá-lo do modo certo.
Mas, como colocar o cinto de segurança do modo correto?
Sempre colocar o cinto de segurança embaixo e acima da barriga, nunca sobre a barriga – pois, eventuais acidentes poderiam provocar danos à placenta e ao feto.
Crédito imagem: desconhecido. Fonte: https://www.midas.pt
Basta só observar algumas precauções.
- O aconselhado são os cintos de segurança de três pontos que oferecem a melhor proteção.
- A parte horizontal deverá ser colocada o mais embaixo possível, abaixo da barriga em contato com as pernas.
- A parte transversal de cima, que parte das costas, vai colocada acima da barriga, passando através do peito, em meio aos seios.
- O cinto ainda pode ser regulado de modo que fique mais confortável e que o mecanismo de bloqueio não seja acionado sem motivo.
Desta maneira se viaja com segurança e com o mínimo desconforto, o bebê fica protegido de uma eventual batida, assim como o útero e o líquido amniótico, que nada obstante, já são dois ‘amortizadores’ naturais.
A lei de trânsito italiana para a utilização do cinto durante a dolce atesa
Quando estudei para tirar a habilitação italiana (na época ainda não existia o Acordo Bilateral para Conversão das Carteiras de Motorista) fiquei sabendo que a lei de trânsito daqui permite uma particular isenção, para as futuras mães, de não usarem o cinto de segurança. Todavia, não precisei estudar para compreender que os médicos recomendam que se use o cinto durante todo o período da gravidez.
Para as grávidas, como para qualquer outra pessoa, o uso do cinto de segurança é obrigatório. No entanto, o artigo 172 do Código de Trânsito italiano prevê a isenção da obrigação de usá-lo quando o ginecologista certifica que a mesma possui algumas condições de risco particulares. Tem casos de gestantes que ao atingirem o terceiro trimestre, quando o barrigão começa a as atrapalhar para a condução, fazem tal pedido aos médicos, porém, eles não são obrigados a concederem.
Não é, portanto, a gestante que decide por conta própria, se usará ou não o cinto, mas sim um médico especializado que assume total responsabilidade profissional, civil e eventualmente penal por tal decisão de liberar a gestante do uso do cinto de segurança.
De qualquer forma, em caso de isenção, ela deverá sempre portar consigo o certificado médico. Uma mulher grávida que não usa o cinto de segurança e não mostra o certificado está sujeita a multa que varia de 80 a 323 euros.
O airbag
O airbag também é um dispositivo de proteção em caso de acidente, apesar da gravidez. Portanto, não deve ser desativado. E mais uma vez, se faz importante a utilização correta do cinto, pois do contrário o airbag pode sim se tornar um perigo. Em todo caso, é bom afastar o máximo possível o banco do painel – sem, obviamente, que isto prejudique o alcance da direção e dos pedais para as condutoras.
Estacionamento rosa (Parcheggio rosa)

Crédito imagem: desconhecido. Fonte: Internet.
Em algumas cidades da Europa e da Itália as prefeituras reservam vagas de estacionamento, identificadas com linhas rosas pintadas no chão e por cartazes específicos, para mulheres grávidas ou com bebê a bordo (crianças de 0 a 1 ano de vida). Contudo, aqui na Itália, elas não são exclusivas como as dos portadores de necessidades especiais, fica a critério e cortesia dos usuários (o que, muitas vezes, significa que não necessariamente estará livre a quem cabe), pois aqueles que a usufruem no lugar das mães não fica sujeito a multas como as vagas especiais. Além disso, existem alguns parqueamentos de cortesias, gratuitos, perto de hospitais, consultórios, farmácias, escolas, etc. Mas, se o estacionamento é pago ele continua sendo pago.
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O Ministério do Transporte informa que o Código de Trânsito italiano não determina nada a respeito destas vagas, mas que a sua instauração faz parte de uma norma de civilidade. É uma iniciativa admirável das prefeituras, um gesto de civilidade dos cidadãos, que facilita a vida das mulheres em um momento tão delicado como o da maternidade.
Ademais, aqui em Gênova, e penso que em outras cidades italianas também, há uma concessão muito útil não só para as grávidas e novas mamães quem usam o carro todo dia, como para todas as pessoas físicas que dão assistência aos bebês de até três anos. A Genova Parcheggi oferece a todos estes, que residem em Gênova, uma tarifa especial reduzida para estacionar em qualquer uma das chamadas “Blue Area”. Esta tarifa tem a validade de um ano. É a gestante que escolhe quando a usará, porém ela só pode fazer isso até a data do parto, não depois. Clique aqui para saber mais a respeito.
Ci vediamo!
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*Citações e fontes: Cintura di sicurezza in gravidanza: come usarle, esenzione, multe | La donna incinta deve portare la cintura di sicurezza? | Gravidanza: cintura si, cintura no? | Cintura di sicurezza in gravidanza, le regole e i consigli del ginecologo | Parcheggi rosa: un gesto di cortesia per le donne incinta e le neo mamme | Parcheggi rosa per donne incinte: attenti alla sosta nei posti riservati | Parcheggi rosa per donne incinte: attenti alla sosta nei posti riservati | Parcheggiare a Genova: guida alle agevolazioni
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