O Clube Cafuné, uma das mais novas propostas para a promoção do português como língua de herança, chega com a missão de dar suporte e acolhida às famílias mundo afora nessa jornada. Mas, por que clube, por que cafuné, por que língua de herança? Vale a pena compartilhar nossa história.
Mães Mundo Afora
Amanda Nogueira Mochi, Claudia Amalfi Marques e Mariana Valim Francischini são mães e vivem fora do Brasil há anos. Teria sido bem improvável que se encontrassem casualmente, já que uma está na Itália, a outra nos Estados Unidos e a terceira na França.
Acontece que as três eram colunistas de um site voltado para mulheres expatriadas, passaram a ser revisoras do mesmo, e, em abril de 2019, foram convidadas para o time de colunistas e revisoras da nova plataforma Mães Mundo Afora. E foi esse trabalho de bastidor, como revisoras dos textos que brilham os olhos no Mães Mundo Afora, que elas foram se aproximando, lentamente. E, de esbarrrão em esbarrão, perceberam que tinham muitas coisas em comum.
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Assim, Mariana tomou a iniciativa de juntar essas mulheres (e também convidou a querida Rhaniele De Lanteuil que dividiu as primeiras discussões com o grupo) e, no início de 2020, as conversas começaram a ganhar forma. E assim, quase um ano depois, o Clube Cafuné está vindo a público.
Essas três mulheres empreendedoras, mães e apaixonadas por língua de herança conseguiram desenhar uma proposta que não conhece limites territoriais, tipo de organização familiar ou dificuldades intransponíveis para educar filhos plurilingues. Mas reconhecem que por meio da rede, provendo acesso à informação qualificada, exercitando o ouvir e compartilhar, é possível enfrentar os desafios de construir e passar essa herança para as próximas gerações.
Português como língua de herança
Em um mundo cada vez mais globalizado, uniões multiculturais e crianças que crescem com pais provenientes de diferentes culturas, que falam idiomas diferentes, muitas vezes em um país onde uma outra língua ainda é falada, se tornam cada vez mais comuns.
E a língua que é transmitida pelo pai e/ou a mãe, migrante, para o filho que nasce e/ou cresce em um país onde uma outra língua é falada, como uma herança, que podemos dizer que é de suas origens e cultura, é o que chamamos de língua de herança.
Por que Clube Cafuné?
Clube remete à ideia de pertencimento, de associação, de companheirismo e camaradagem. E cafuné… Bem, vamos falar de cafuné.
De onde surgiu essa palavra ninguém sabe ao certo. Há quem diga que se origina dos africanos, que chegaram ao Brasil escravizados, outra hipótese é que venha mesmo dos índios bororós. O certo é que é se tornou um gesto de carinho tipicamente brasileiro. A palavra é uma daquelas difíceis de encontrar em outra língua, como saudade. Mas como traduzir o afeto por trás deste ato, que vai muito além do simples carinho na cabeça? É assim que a gente pensa na promoção do português como língua de herança: muito mais do que ensinar e aprender uma língua e transmitir valores, é uma sensação que somente a nossa língua traz. É fazer um cafuné.
Como funciona o Clube Cafuné
O Clube Cafuné tem por objetivo oferecer suporte a famílias para a promoção do português como língua de herança por meio de rede real de apoio virtual.
Essa rede é tecida e alimentada por meio de um plano de assinaturas. As famílias fazem a adesão e passam a fazer parte do Clube Cafuné.
São dois tipos de assinaturas. Ambas carregam no nome expressões idiomáticas bem conhecidas do nosso querido português.
- Uma Andorinha só não faz verão: A programação tem caráter de imersão e cobre 4 semanas. Durante esse período, os assinantes receberão diretamente em um grupo privado material de orientação, discussão e atividades lúdicas familiares, totalmente pensadas para o nosso público. Acompanharemos todo o processo no grupo, favorecendo a interação, compartilhamento de boas práticas e experiências, acolhida, suporte e orientação especializada por meio da nossa equipe.
- De grão em grão a galinha enche o papo: a ser lançado em breve, tem o caráter de assinatura mensal e também compreende material de apoio para discussão, atividades lúdicas familiares e suporte da equipe Cafuné e convidados especiais.
Quem pode fazer parte
Venha conhecer mais sobre o Clube Cafuné nos acompanhando pelas redes sociais. Lá você encontrará opções para receber mais material informativo ou, se já estiver disposto a aderir, encontrará a ficha de inscrição.
Se você tem filhos falantes ou aprendizes de português como língua de herança, este clube é para você. Mesmo que as crianças tenham o privilégio de participar de iniciativas de promoção do POLH na sua área, ainda assim nosso convite está em pé. O foco da nossa proposta é a família e a relação com a criança, e não há dúvida de que exposição ao português nunca é demais.
Conheça a Equipe Clube Cafuné
Amanda – Psicóloga, consultora materno-infantil com especialização em perinatalidade. Experiência como educadora em creche bilíngue e em grupos de mães-filhos na primeira infância.
Claudia – Fonoaudióloga, especialista em ludoeducação e em gestão, com formação em Didática do Português como Língua de Herança. Criadora do Projeto Reading Bag, uma das fundadoras e educadora do Nosso Canto em Houston (EUA).
Mariana- Jornalista, editora do Mães Mundo Afora, com especialização em Literatura Infantil e Juvenil.
Contatos
Obrigada por estar conosco aqui. Agradecemos desde já o seu apoio, adesão e divulgação.
Para receber mais informações sobre o programa “Uma Andorinha só não faz verão”, preencha nossa ficha de interesse aqui.
Te esperamos também nas redes sociais do Clube Cafuné onde trocamos infomações e experiências.
Feche os olhos e sinta nosso cafuné.
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Amanda, Claudia e Mariana – Equipe do Clube Cafuné
Amanda é psicóloga, consultora materno-infantil com especialização em perinatalidade. Claudia é Fonoaudióloga, especialista em ludoeducação e em gestão, com formação em Didática do Português como Língua de Herança. Mariana é jornalista com especialização em Literatura Infantil e Juvenil. Juntas, fundaram e integram a equipe do Clube Cafuné