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Amamentação de trigêmeas na França: minha experiência

Pelo zandra-ferrer agosto 8, 2019
Escrito por zandra-ferrer agosto 8, 2019
Amamentação de trigêmeas na França: minha experiência

Amamentação de trigêmeas na França: minha experiência

Quando soube que estava grávida de trigêmeas, confesso que a amamentação não foi uma das minhas primeiras preocupações. Manter os bebês com saúde e dentro da minha barriga era a primeira prioridade. Depois vinha o aspecto psicológico (tentar ficar “zen” com toda a sobrecarga emocional e hormonal que uma gravidez tripla provoca). E a seguir, o aspecto material (enxoval, móveis, carro maior, quarto etc).

Mas com o decorrer dos meses, conversando com amigas que amamentavam, comecei a me questionar: será que é possível amamentar três bebês? Grande parte delas me dizia que sim, que talvez não conseguisse alimentá-las SOMENTE no peito mas uma a cada duas mamadas, talvez alternando entre um e outro bebê.

Como é a amamentação na França?

Aqui na França, ao menos nos meios em que frequento, há aquele tipo de mãe que é super à vontade com a amamentação, que tira de letra, que não cansa, que não vê problema nenhum em oferecer o seio ao bebê. E tem o tipo de mãe que não consegue se imaginar como mamífero, dotada de glândulas mamárias e condenada a alimentar a sua prole durante seis meses colada ao peito.

Essas mães amam seus filhos tanto quanto as outras, mas não se sentem à vontade com a ideia de amamentar. Eu sempre quis amamentar, e pensava que ao menos uma das mamadas do dia seria no peito, mesmo se tivesse que me resignar a completar a alimentação com leite de mamadeira.

Leia também: Amamentar em público na Inglaterra

Na França, como em diversos outros países, podemos contar com a associação La Leche League. O objetivo da entidade é auxiliar mães novatas ou mães que já estão no segundo ou terceiro filho mas que encontram dificuldade para amamentar. Antes mesmo do parto, as futuras mamães podem participar de reuniões promovidas pela associação.

Nesses encontros, outras mães (que amamentaram e foram formadas pela Leche League) discorrem sobre os benefícios do aleitamento materno, falam sobre suas experiências, mostram as diversas posições que facilitam a amamentação e ouvem as dificuldades encontradas pelas participantes, buscando ajudá-las a encontrar uma solução.

Quando eu devia estar no quinto mês de gravidez, participei de uma dessas reuniões. A consultora tinha cinco filhos e havia amamentado todos. Usando bonecos como modelo, ela mostrou que não só era possível amamentar gêmeos, mas dava para fazê-lo ao mesmo tempo! Bom, pelo que pude sentir, essa mulher era super tranquila, considerava a maternidade e a amamentação como coisas naturais e para tornar ainda menos estressante o quotidiano de mãe de cinco, banho só uma vez por semana!

Claro que quando ela contou essa parte, eu pensei com meus botões: “por mais reuniões que eu frequente nunca chegarei a esse grau de “relax”. Com trigêmeas, mesmo quando fiquei sozinha sem ajuda das trabalhadoras sociais, nunca deixei de banhá-las diariamente.

Minha experiência

Infelizmente minhas filhas nasceram bem antes dos nove meses de gestação e foi muito difícil introduzir o mamá no peito. Primeiro porque ao nascer elas se alimentavam por sonda: por serem muito prematuras não tinham a capacidade de sucção. Depois, com o passar das semanas, quando comecei a apresentar o seio, ainda no hospital, eram muito frágeis, muito pequenas. Para fazê-las pegar no bico era uma dificuldade. Para evitar que dormissem enquanto mamavam era ainda mais difícil.

Comecei então a tirar meu leite com aquelas bombinhas elétricas, das duplas, para extrair das duas mamas ao mesmo tempo. Mas é demorado, às vezes dói um pouco, e é totalmente frustrante! Amamentar pra mim é um ato tão bonito, de amor, de doação, de envolvimento, e que relação uma mãe pode estabelecer com uma ordenhadeira?

(Fonte: Arquivo pessoal)

Frustração maior foi saber que meu leite estava contaminado. A cada extração, antes de chegar à mamadeira do bebê, o leite passa por uma análise. Toda a minha produção, durante todo o período que fiquei no hospital após o parto – mais ou menos um mês – estava contaminada. E isso que eu tomava altas precauções, esterilizava todo o material, lavava as mãos e os seios meticulosamente, e apesar de tudo não me livrava dos malditos germes!

O consolo

Mas as enfermeiras me consolavam: “Ne paniquez pas (não entre pânico), hoje suas filhas não poderão consumir seu leite, mas quando atingirem o peso mínimo para deixar o hospital, terão desenvolvido anticorpos e poderão tomar esse leite sem problema algum. Ele será congelado e quando vocês forem pra casa levam junto.”

Felizmente, minhas filhas, apesar de não poderem tomar meu leite, consumiram leite materno através da doação de outras mães, que por produzirem mais do que o suficiente para a própria progenitura, aceitam doar o que não consomem. Na França, as doadoras devem entrar em contato com a A.D.L.F (bancos de leite), que recolhe o excesso de produção das mães e distribui nos hospitais para suprir a carência de prematuros.

Existem vários centros de coleta na França e para facilitar a doação, eles fornecem bombinha manual, elétrica e mamadeiras esterilizadas.

Frustração

Achei que minha frustração tinha atingido seu clímax, mas não: quando as meninas tiveram alta, fui procurar meu estoque para levar pra casa e cadê? Uma enfermeira que pergunta pra outra, que chama o médico, que vai se informar… “seu leite foi extraviado… sentimos muito”

Toma, segura mais essa bomba, super mãe!

Fiquei muito brava, me sentindo impotente, ROUBADA! Mas não fiz nada, não gritei, não xinguei ninguém. Fui muito bem tratada durante o tempo que fiquei de cama esperando o parto, e depois do nascimento das minhas filhas também. Elas receberam um tratamento excelente, como eu ia ter coragem de botar a boca no trombone? São coisas que acontecem, vão-se os anéis…

Aspectos que poem em risco o êxito da amamentação

Um outro fator que dificultou muito o meu aleitamento foi o aspecto psicológico, além do físico, porque minha canseira era fenomenal. Ainda no hospital tive os primeiros sintomas da depressão pós-parto. Fisicamente estava meio debilitada, porque tinha carregado três bebês na barriga durante sete meses, ficado de cama hospitalizada três semanas, sofrido uma cesariana tripla, e psicologicamente esses mesmos fatores tinham me afetado muito.

Amamentar um filho, que nasceu ao cabo de nove meses já não é garantia de sucesso imediato, imaginar-se capaz de alimentar três bebês nascidos com 32 semanas quando se está à beira da exaustão física e psicológica é quase impossível.

Um dia, eu tirava meu leite entre uma crise de choro e outra e a psiquiatra que visitava o serviço de neonatologia, ao ver-me, pôs-me contra a parede: “mas a senhora ainda insiste em amamentar? Não viu o estado em que está? É muito louvável querer o melhor para os bebês, mas se a senhora adoecer quem vai cuidar delas?”

Assim, depois dessa rendi-me às evidências e parei de me “ordenhar” e de tentar oferecer o peito às minhas filhas. Essa foi uma decisão dificílima de tomar. Lembro de chorar muito enquanto massageava o seio para amenizar a dor causada pelo leite estagnado e inútil que eu produzia.

Para preparar o aleitamento

Às futuras mães que desejam amamentar aqui na França, eu aconselho:- escolher uma maternidade HAB – hôpital ami des bebés – (hospital amigo dos bebês), que não obriga nenhuma mulher a amamentar, mas incentiva o aleitamento. Além disso, explica os benefícios do leite materno e acompanha os pais tanto no caso de escolherem optar pela amamentação quanto no caso de recusa. A certificação HAB garante a qualidade dos serviços prestados pelas equipes da maternidade.

Os pais recebem total apoio no processo de auto-descobrir-se como progenitores. Os profissionais transmitem segurança e conduzem os pais à autonomia nos primeiros gestos junto ao bebê.- e claro, entrar em contato com a Leche League e assistir a uma ou mais reuniões.

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zandra-ferrer
zandra-ferrer

Zandra é gaúcha, formada em Publicidade pela Universidade do Rio Grande do Sul e Literatura Portuguesa na Sorbonne, em Paris. Atualmente trabalha com crianças de 0 a 6 anos. Ela as acolhe durante o dia, de segunda a sexta-feira, em sua casa, enquanto os pais trabalham. Tem experiência com comunicação e ensino no Brasil, com tradução na França e está escrevendo seu primeiro livro inspirado na sua trajetória de estrangeira. Mora na França desde 2005, com seu marido francês e suas filhas trigêmeas.

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12 Comentários

Marta
Marta agosto 8, 2019 - 12:07 pm

Zandra, que história! Obrigada por compartilhar. Quando li a parte do leite extraviado, não acreditei! Meu Deus 🙁
Eu não consegui amamentar exclusivo, não tive muito leite. Também tentei tirar de 3 em 3 horas p/ aumentar a produção, mas não senti efeito. Realmente a situação da bomba é horrível, a última coisa que queria fazer depois de terminar a loucura de trocar, amamentar, arrotar, etc. Aos 4 meses deles resolvi parar de tirar e só dar o peito, alternando uma criança em cada mamada. Até que aos 6 meses, quando todos tiveram VSR e tiveram dificuldade de mamar, recusavam o peito. Tentei ainda por 2 semanas, às vezes punha um e depois o outro e outro vendo quem aceitaria, e não estavam querendo mais. Foi difícil, mas decidi parar porque realmente eles estavam tomando muito pouco e eu já nao queria mais tirar mesmo.
Hoje vejo que realmente dei meu melhor e foram momentos bons enquanto duraram! bjs

Responder
zandra-ferrer
zandra-ferrer agosto 8, 2019 - 12:51 pm

Oi Marta, é o leite extraviado me deixou super mal … levei tempo pra digerir a história.
O que é VSR que falaste?
Tu tens razão, a gente faz o que pode, e o que não pode é se culpar, somos apenas seres humanos e não super heróinas. E cada uma tem sua vivência, suas fragilidades, e as crianças também reagem diferentemente, então realmente não dá pra se comparar com outras mulheres que conseguiram amamentar pour dois anos ou mais…O importante é ter tentado!

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Carolina agosto 8, 2019 - 8:59 pm

Oi Sandra, adorei o seu relato! Fiquei meio assustada c a questao do leite contaminado. Aqui na Inglaterra eles nao fazem nenhum tests no leite. Meu trio tomou so o meu leite no hospital desde q tinham uns 5 dias e nunca tiveram nenhum problema. (tb nasceram de 32 semanas) Tirava leite em casa e na NEO, ou seja, tb devia ter alguma contaminacao. E a parte de perder o leite, so matando. Esse leite q trouxe do hospital congelado garantiu q eles tivessem so meu leite ate os 4 meses.
Anyway, so quero dizer q fizeste o melhor q podias! Parabens pelo texto e por abrir tua Historia p nos.

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zandra-ferrer
zandra-ferrer agosto 9, 2019 - 11:54 am

Olá Carolina, tens certeza que não controlam? Que estranho… País europeu, até ontem membro da comunidade europeia, deveriam obedecer ao mesmo protocolo de qualidade…
E tu foste guerreira, então, conseguiste amamentar bastante!

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Zara bazan de freitas ferrer agosto 8, 2019 - 9:18 pm

Minha amada filha. Embora conhecendo tua história nao pude deixar de me emocionar. Mesmo nao tendo amamentado , não podes ter uma relacao mais bonita e amorosa com tuas filhas, que te adoram. És um modelo de mãe a ser seguido, e me orgulho de ser tua mãe.

Responder
zandra-ferrer
zandra-ferrer agosto 9, 2019 - 11:49 am

Obrigada mãe!!! Também me emocionei escrevendo…

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Neusa guedes agosto 9, 2019 - 12:21 am

Amiga querida, que coisa hein? Imagino tua angústia nesse período. Graças a Deus as meninas ficaram bem e cresceram saudáveis. Tô achando o máximo ler teus textos. ❤️😍😘😘

Responder
zandra-ferrer
zandra-ferrer agosto 9, 2019 - 11:48 am

Neusa, obrigada!! Isso aí, o importante é que ficou tudo bem!

Responder
Marta Spirk
Marta Spirk agosto 9, 2019 - 3:43 am

Vírus Sincicial Respiratório – em inglês RSV. Olha aqui mais infos, basicamente o vírus da bronquiolite.
https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/virus-sincicial-respiratorio/

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[…] durante minha estada de duas semanas morando na unidade mãe/filho* (leia meu texto sobre isso aqui) comecei a ter momentos depressivos, principalmente à noite. Escondia-me no sono, para não ter […]

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